O livro trata do processo de tomada de decisão judicial a partir de uma abordagem interdisciplinar. Ele parte do pressuposto de que a teoria do direito, de uma forma geral, aborda esse tema a partir dos seguintes postulados: a) o direito é composto de regras e princípios; b) o juiz detém capacidade cognitiva que lhe permite alcançar respostas corretas; c) existem metodologias técnico-jurídicas que viabilizam decisões justas. O objetivo geral deste livro é oferecer um cenário alternativo a essa visão tradicional. As premissas são as seguintes: a) para além das regras e princípios, é preciso um olhar atento aos fatores extralegais do processo de tomada de decisão judicial, como a emoção e a intuição; b) o juiz é um ser humano e, portanto, com capacidades cognitivas limitadas; c) o direito é, em boa medida, indeterminado. Para testar essas hipóteses, foram empregados textos de juristas e filósofos, mas principalmente de psicólogos e neurocientistas. Nesse sentido, argumentou-se que a teoria do direito deve se abrir para outros campos do conhecimento, em particular, a psicologia e a neurociência. Além disso, foi realizada uma pesquisa empírica com juízes federais para verificar a influência dos vieses nas decisões judiciais.
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